segunda-feira, 20 de junho de 2011

A inteligência emocional das crianças


A inteligência emocional das crianças


A educação dos filhos é a maior responsabilidade que os pais têm a seu cargo, sendo que a sua tarefa é formar "adultos" e não crianças



Pode parecer "ingrato", pois todos os pais têm apenas uma oportunidade na vida de educar bem cada um dos seus filhos, convém pois que a aproveitem e proporcionem aos seus filhos a melhor educação possível. Uma educação adequada passa também por uma vivência adequada das emoções, e hoje em dia nos campos da Psicologia, fala-se não só do tradicional “QI” –Quociente de Inteligência, mas também no “QE” – Quociente Emocional de cada criança.
As crianças além do seu património genético, são fruto do meio que as rodeia e das relações que estabelecem com outras pessoas que não os pais, por isso, quando falamos em formação de emoções na criança, devemos olhar para todos os meios em que a criança se insere, todas as pessoas com quem se cruza, todas as imagens que vê… Tudo o que gira à sua volta! Contudo o papel dos pais é determinante no desenvolvimento da inteligência emocional dos filhos, acreditando que são eles os primeiros e principais educadores das crianças, eles são de facto elementos “chave” no que diz respeito ao carácter emocional dos filhos.
A educação dos filhos é a maior responsabilidade que os pais têm a seu cargo, sendo que a sua tarefa é formar "adultos" e não crianças, devem desde cedo apostar em mostrar aos filhos as realidades emocionais com que a vida a todos confronta, mais tarde ou mais cedo. Isto faz-se, claro está, aproveitando muito os momentos que surgem na dinâmica diária da família, nos acontecimentos familiares, e nunca forçando situações ou conversas sem fundamento.

"O papel dos pais é determinante no desenvolvimento da inteligência emocional dos filhos"

Aprender a lidar com os sentimentos
Os pais devem, desde cedo, ajudar as crianças a lidar com os sentimentos e a entender as "nuances" com que a vida as surpreende. E como podem os pais fazê-lo? Como se processam estas coisas tão importantes com as crianças?
Questões como: – Porque ficamos tristes? O que nos deve dar alegria? Como devemos reagir perante a dor? Porque sofre o nosso coração? São temáticas dentro da inteligência emocional dos mais pequenos com as quais temos o dever de nos preocupar… Como passamos nós estas respostas aos nossos filhos?
Bom, em primeiro lugar, passamos as respostas pelo exemplo, pelo exemplo que nós pais damos aos nossos filhos e pelos exemplos que proporcionamos que eles vejam dados por outros. As crianças imitam com satisfação os pais e outros adultos, e agem segundo os exemplos que observam com mais frequência. Em segundo lugar passamos estas coisas pela prática dirigida, ou seja, por aquilo que as crianças são levadas a fazer uma e outra vez pelos pais repetidamente, até apreenderem um determinado comportamento. Em terceiro lugar, mas não menos importante, as crianças também apreendem através da explicação verbal que lhes é dada, pois as palavras também são muito importantes na transmissão de emoções, sendo o diálogo fundamental em qualquer família, em qualquer circunstância.

“ A aprendizagem emocional começa na barriga da mãe, nos primeiros momentos de vida do bebé e continua ao longo de toda a vida”

"Graças aos nossos filhos, também nós podemos (e devemos) aperfeiçoar o nosso carácter e engrandecer o nosso coração"

"Pessoas exemplo"
Para sermos bons pais, como certamente já constataram, temos efectivamente de ser pessoas melhores, devemos esforçar-nos por isso, por ser "pessoas exemplo" – exemplares. Portanto, graças aos nossos filhos, também nós podemos (e devemos) aperfeiçoar o nosso carácter e engrandecer o nosso coração, (os filhos podem de facto ser muito educativos para os pais).
Perante as perturbações emocionais dos filhos, os pais podem agir de diversas formas, sendo que o ignorar completamente os sentimentos das crianças nunca é uma boa opção. Outro risco que os pais não podem correr é ser demasiado permissivos, tentando apaziguar a criança mas sem a ajudar a encontrar soluções para o seu problema. O mais adequado será sempre tirar proveito da situação de perturbação emocional da criança, tentando entender o que está a perturbar a criança e porquê, ajudando a encontrar formas positivas de acalmar e controlar as suas emoções. É importante que se explique à criança que há diferentes tipos de tristeza, pode estar-se triste porque um amigo não quer brincar connosco, mas também se pode estar triste porque morreu um avô… e o que se sente é diferente. A aprendizagem emocional começa na barriga da mãe, nos primeiros momentos de vida do bebé e continua ao longo de toda a vida, sendo que na infância a plasticidade cerebral é maior e portanto é ai que a criança forma o núcleo das suas perspectivas e capacidades emocionais.
Todas as pequenas trocas entre pais e filhos possuem uma legenda emocional, e são importantíssimas para a formação deste núcleo de emoções que vai ser decisivo na formação da personalidade da criança.

"As crianças imitam com satisfação os pais e outros adultos, e agem segundo os exemplos que observam com mais frequência"


As crianças e as emoções

O desencadear das emoções
As emoções não se desencadeiam repentinamente. Para que aconteçam terão de ultrapassar algumas etapas.

As emoções não se explicam apenas como interpretações psicológicas. Elas põem em movimento muitas das nossas células através de impulsos eléctricos e mensagens.

Quando os bebés são pequeninos, as primeiras emoções de que nos apercebemos através da sua expressão ensinam-nos a ir conhecendo a criança e entender os seus sentimentos.

Não devemos, no entanto, confundir as primeiras reacções aparentemente emocionais, mas que reflectem apenas os impulsos musculares do primeiro mês de vida.

A Surpresa
A expressão do bebé parece interrogar-nos. O bebé esbugalha os olhos para ver melhor e interpretar o que está à sua frente. Franze a testa e abre ligeiramente a boca. Ao mesmo tempo, fica estático e à espera do que vai acontecer.

À medida que os bebés vão crescendo, rapidamente poderemos observar novas expressões. Claro que estas expressões tendem a ser mais espontâneas nos primeiros tempos de vida e com a moldagem social, tornam-se mais congruentes com a desejabilidade social e cultural, independentemente das diferenças individuais.

Entre elas, podemos destacar:

A Triteza
Quando a criança está triste, todas as funções do seu organismo parecem estar quase paradas.

Os olhos perdem o seu habitual brilho, as comissuras dos lábios inclinam-se para baixo, os ombros curvam-se e até as bochechinhas se deprimem e parecem amachucadas.

O bebé parece um balão que perdeu parte do ar que o mantinha imponente.

O Medo
Quando uma criança tem medo parece que o seu rostinho se transforma. Esbugalha os olhos e tem as pupilas dilatadas, entreabre a boca e fica com o rosto muito corado ou muito pálido.

Todavia, se a criança sofre um ataque de pânico pode ficar paralisada e com o rosto desfigurado. (retirava o que está a sublinhado e colocava “se a criança entra em confronto com situações, objectos ou animais que provoquem medo, poderá aumentar os níveis de ansiedade a tal ponto que poderá provocar um bloqueio emocional e comportamental. “

A Alegria
Quando a criança está alegre, apresenta os olhos brilhantes, as comissuras dos lábios voltadas para cima, os movimentos apresentam-se mais seguros e rápidos. Todo o seu corpo ganha vitalidade.

A Raiva
Quando uma criança é contrariada pode ter um ataque de raiva repentino. O seu rostinho assume traços agressivos e pode até cerrar os maxilares. Enruga as sobrancelhas e pode apresentar as narinas dilatadas. Às vezes, treme e tem os punhos cerrados.

A primeira Etapa

Uma nova melodia, um novo perfume, um novo objecto ...desencadeiam os nossos sentidos: a vista, o ouvido, o paladar, o olfacto e o tacto. Isto significa que os órgãos que a eles correspondem se encontram receptivos e captam os estímulos externos. Em seguida, enviam esses mesmos estímulos ao cérebro através de impulsos eléctricos.

A segunda Etapa
O sistema límbico, situado na zona mais central e profunda do cérebro, recebe estes sinais e entra em situação de alerta.

A terceira Etapa
Para responder adequadamente a qualquer situação, o "estado de alerta" vai ser interpretado noutra zona do cérebro. Esta zona pode ser considerada como o arquivo das experiências. É aí que o cérebro memoriza, interpreta e classifica todos os estímulos, à medida que os recebe.

A quarta Etapa
Os lóbulos frontais estão encarregados da produção de emoções. Esta zona interpreta as mensagens e compara-as com estímulos anteriores. Em seguida, desenvolve um trabalho rápido e intenso que consiste em colocar em movimento os neurotransmissores que transmitem a uma velocidade incrível as mensagens célula a célula. Activam os sistemas nervosos que controlam os órgãos internos (simpático e parassimpático).

O simpático tem como missão induzir o organismo a produzir energia suplementar e a desencadear reacções instintivas.

O parassimpático tem funções inversas. Tende a poupar e guardar energias.

O rosto diz tudo
É através do rosto e da postura que comunicamos os nossos sentimentos e emoções. A expressão do nosso rosto transmite sempre o que estamos a sentir, o que poderá ser diferente na fase adulta, onde procuramos controlar e modificar com mais frequência esta correspondência emoção/expressão facial.

Enquanto, nós adultos, muitas vezes, tentamos camuflar as nossas emoções e os nossos sentimentos, as crianças ainda não o aprenderam a fazer e por isso podemos dizer que o seu rosto é como um espelho do seu coração e dos seus sentimentos e só com elas podemos reconhecer a verdadeira espontaneidade. Sem mistificações, a criança não esconde os seus sentimentos e ensina-nos a reconhecer os verdadeiros sinais das emoções.

A atenção a estes pequenos sinais é imprescindível para que se possa reconhecer o que a criança está a sentir enquanto ela não o sabe expressar por palavras.

DESTAQUES

Quando uma criança tem medo parece que o seu rostinho se transforma

Enquanto, nós adultos, muitas vezes, tentamos camuflar as nossas emoções e os nossos sentimentos, as crianças ainda não o aprenderam

Quando uma criança é contrariada, o seu rostinho assume traços agressivos e pode até cerrar os maxilares

À medida que os bebés vão crescendo, rapidamente poderemos observar novas expressões

O rosto é o espelho da alma.



Desde muito pequeninas, as crianças transmitem-nos as suas emoções através das suas múltiplas expressões.
Se estivermos atentos, podemos ler através delas, o que lhes vai na alma.

Revisão científica: Dra. Cláudia Madeira, psicóloga clínica


Sentir o Mundo

Sentir o Mundo


O bebé desde que nasce vai aprendendo a experimentar os seus sentidos e vai aperfeiçoá-los ao longo dos meses no primeiro ano de vida.



As primeiras sensações do mundo exterior são agressivas. A luz fere os seus olhos, os sons são demasiado fortes para os seus ouvidos, está muito frio e a toalha onde o enrolam é áspera...
Os seus sentidos estão alerta e este é o início da sua adaptação ao mundo e das suas primeiras sensações.
Todos os seus sentidos vão iniciar um longo percurso de adaptação e as desagradáveis sensações ao nascer, em breve se irão esfumando com o passar dos dias.

-Uma criança consegue compreender e memorizar os sons de qualquer língua, mas à medida que cresce vai perdendo essa capacidade, adoptando a língua materna por ser a que ouve com maior regularidade.

O tacto
Na barriga da mãe o bebé começa a desenvolver este sentido. Quando a mãe passa a mão na barriga e toca o bebé, ele imediatamente foge “nadando” no líquido amniótico.
Com o hábito, o bebé começa a relaxar quando a mãe ou o pai o acariciam com suavidade através barriga da mamã.
Depois de nascer o bebé apura este sentido. Abre a boca se a mãe lhe toca na comissura dos lábios com o bico do peito e relaxa se ela lhe oferece uma massagem.
Mais tarde utilizará a boca e as mãos para conhecer texturas. Cerca dos três meses, começa a olhar muito atentamente para as suas mãos, estica os braços, coloca-as em frente aos seus olhos, move e brinca com os dedos. Deste modo descobre que o seu corpo é constituído por várias partes.
Adora chupar tudo o que encontra, tudo o que apanha leva à boca e experimenta. Durante esta etapa é preciso estar atenta para que ele não coloque na boca ou nas mãos, objectos que possam magoá-lo.
Mais tarde, e já utilizando as mãos e a boca começa a descobrir as várias formas e texturas.

-Não consegue ver nitidamente mas ouve, cheira, saboreia e sente como ninguém.

O ouvido
Durante os nove meses de gravidez, o bebé esteve protegido dos sons fortes porque os ouvia através da barriga da mãe e do líquido amniótico onde flutuava. Os sons que chegavam até ele eram muito suaves. Ouvia as batidas do coração da mãe, a música, as vozes...
Ao nascer, e ainda na sala de partos, variadíssimos estímulos auditivos fortes e agressivos provocaram-lhe as mais diversas sensações porque não os conseguia identificar. Durante os primeiros dias os sons têm um volume exagerado. Em contrapartida, ao ouvir a sua mãe cantar uma canção de embalar, muito especialmente se a cantava antes de nascer, reage com prazer. Isto porque já conhece, os sons, o ritmo e inclusive, as variações de voz da sua mãe.
Segundo algumas experiências feitas com recém-nascidos, acredita-se que os bebés conseguem, desde o primeiro mês de vida, identificar alguns sons parecidos como o “b”, o “p”, o “t” e o “d”. Conseguem ainda diferenciar as sílabas “pa” e “ba”. Outra das suas capacidades é a de assimilar e diferenciar os diferentes tipos de som. O bebé consegue compreender pequenos excertos de música, identificando algumas das notas musicais e até mesmo a sua estrutura.

Quando inicia a alimentação sólida, uns alimentos podem ser-lhe agradáveis enquanto que outros o repugnam.

O olfacto
Algumas experiências revelam que o cheiro da mãe acalma o seu filho. Sabe-se que ao fim da primeira semana, os bebés já conseguem diferenciar vários odores, reconhecendo imediatamente o da sua mãe. Tendo este facto em consideração, os médicos aconselham a que durante os primeiros meses a recém mamã não altere os seus hábitos de consumo no que diz respeito aos desodorizantes, perfume ou cremes pois, o bebé identifica-a com esses odores.
Embora o olfacto não se continue a desenvolver, ao longo da sua vida, o número de odores que o bebé irá conhecer, memorizar e identificar, irá aumentar diariamente.

-Outra das suas capacidades é a de assimilar e diferenciar os diferentes tipos de som.

O gosto
Ao contrário do que pensamos, os bebés sabem muito bem do que gostam. As suas preferências são inicialmente os alimentos doces – o leite materno, o xarope. Não gostam de alimentos amargos ou ácidos – alguns medicamentos.
Quando inicia a alimentação sólida, uns alimentos podem ser-lhe agradáveis enquanto que outros o repugnam. Para que a criança possa apreciar os diversos alimentos, o pediatra recomenda que sejam dados em separado. Para além de ficarmos a saber se o bebé gosta ou não do alimento, identificamos possíveis alergias.

A visão
Quando o bebé nasce apenas consegue focar a sua visão a uma distância entre 25 e 30 cm. Na hora da amamentação, como a distância entre os olhos do bebé e os olhos da mãe não é superior ao 30 cm consegue identificar visualmente a sua mãe. Dia-a-dia, o bebé vai desenvolvendo a visão . Começa por tentar focar objectos que lhe estão próximos e, quando já o consegue fazer, começa a observá-los de modo a descobrir a sua forma, o seu contorno, a sua cor... Para além disso, o bebé está também muito atento aos gestos da mãe, tentando imitá-los desde logo. Quando a mãe se aproxima, tenta observar as expressões do seu rosto, rindo para ela, caso esta lhe sorria.
Mais tarde, começa a procurar as pessoas e os objectos, ficando muito espantado se escondermos aquilo para que estava a olhar. É durante esta etapa que o bebé vai aprendendo, com jogos como o “cú...cú”, que a mamã ou os brinquedos não desaparecem definitivamente.
O bebé começa a fase exploratória daí que seja normal atirar os brinquedos para o chão. Desta forma, percebe a distância e a trajectória de cada objecto e, o som deste ao cair estimula ainda mais a sua curiosidade. Repete o movimento quantas vezes for preciso. Para o bebé tudo é novo, tudo está por experimentar. Para aguçar a sua curiosidade, recebe diariamente milhares de estímulos que tenta entender.

Bebés prematuros


Bebés prematuros


Por detrás de um bebé prematuro existem sempre pais não preparados psicologicamente para um regresso a casa sem o bebé nos braços.



O nascimento de um bebé prematuramente, para além da permanência obrigatória do bebé na Unidade de Prematuros, não obriga a mamã a permanecer na maternidade senão o tempo que for necessário, segundo o tipo de parto que tenha ocorrido. A alta da mãe não depende do internamento do recém-nascido e esta acabará por sair com uma sensação de perda indescritível. O bebé que permaneceu na sua barriga todos os meses de gestação terá de ficar ao cuidado de terceiros, sem que o possa levar junto a si, sem que tenha sequer tido tempo suficiente para o conhecer. Agora não tem nem a barriga nem o bebé junto a si. Consequentemente, é comum que os pais de bebés prematuros não saiam como a maioria dos pais, muito contentes com os seus bebés nos braços. Os que têm de deixar os seus filhos internados e, obviamente, regressam de braços e corações vazios, sentem para além da angústia, a sensação de abandonarem o seu bebé que mal chegaram a conhecer.

Pais em part-time
Os pais que têm um bebé prematuro internado sentem que o seu bebé foi transitoriamente “adoptado” pelos profissionais da unidade de cuidados intensivos. As visitas na unidade de prematuros são o lenitivo para as suas dores e angústiasmas, nada disso atenua a sensação de angústia, e até perda de não poderem estar com o pequenino recém-nascido, em cada, a seu lado. Em algumas unidades de saúde, os pais podem ver o bebé quantas vezes o desejem e em muitos casos, passam o dia junto ao bebé. Todavia, por se tratar de uma sala de cuidados intensivos, existem situações, quando há algum bebé num estado muito grave e o pessoal de saúde tem de efectuar algum procedimento que necessite muita concentração e liberdade de diálogo entre os profissionais que intervêm, em que não é permitida a presença de visitas. Também é possível que as visitas estejam interditas no horário da ronda – em regra 2 vezes por dia – quando os membros da equipa médica discutem e avaliam o estado de saúde dos recém-nascidos e propõem alternativas de tratamento. Contudo, para além destes períodos em que a visita está interdita, a equipa médica aconselha a que os pais estejam o máximo de tempo possível junto do seu bebé. As mães são incentivadas a amamentar o bebé e a ajudarem, sempre que possível, nos seus cuidados de higiene. O carinho, as carícias e o odor da mãe ajudam na estimulação do bebé. Quando os pais vivem muito longe ou por razões laborais e somente podem visitar o seu bebé antes ou depois do trabalho, esses momentos são muito intensos.

Informações diárias
Na primeira visita à Unidade de Prematuros, o médico ou uma enfermeira acompanhá-los-á pessoalmente à incubadora do seu bebé e explicar-lhes-á o que é e para que serve cada um dos instrumentos e aparelhos que o apoiam para que os pais não fiquem angustiados com as técnicas a que o bebé está sujeito. Diariamente os pais são informados pelo pessoal clínico das condições em que se encontra o bebé, da sua evolução e dos procedimentos a que está sujeito. Contudo, perante uma emergência na Unidade, muitas vezes torna-se difícil explicar o que se está a passar e tranquilizar os pais. Quando um bebé prematuro melhora e já não necessita de permanecer na incubadora ou não requer toda a tecnologia dos cuidados intensivos é habitualmente transferido para os cuidados intermédios.

Os diferentes estímulos
Todos pais desejam oferecer ao seu bebé prematuro todo o amor e carinho que quaisquer pais oferecem aos seus bebés recémnascidos, depois de nove meses de espera. Contudo rapidamente irão entender que o seu bebé é especial, pelo que não podem tratá-lo como certamente fariam com um bebé de termo. Os pais irão aprender com a ajuda da equipa médica que os estímulos deverão estar de acordo com a idade gestacional do bebé. Estes pais especiais vão paulatinamente aprendendo a verem crescer o bebé na incubadora durante o tempo que deveria ter estado ainda na barriga da mãe. O pessoal médico iniciará os pais nas diferentes formas de contacto com do bebé. Um simples toque ou fricção pode rapidamente converter-se numa sobre-estimulação. Existem bebés mais sensíveis aos estímulos sonoros e outros a qualquer estímulo táctil. Algumas Unidades de saúde realizam encontros e actividades com os pais dos bebés internados. Ensinar e apoiar os pais enquanto o seu filho se encontra em terapia intensiva, ajuda-os não só aos contactos diários como seu bebé como a encarar o futuro quando o bebé for para casa. É importante que a mãe aprenda a lidar como stress e a ansiedade que o internamento e a saúde do bebé lhe provocam.

Os prematuros têm uma enorme força para viver e com muito amor, rapidamente não se diferenciarão de uma outra criança nascida de termo

O que é e para que serve
- Incubadora:
A incubadora utiliza-se para garantir a estabilidade térmica e por vezes um suplemento de oxigénio. A incubadora tem o aspecto de uma caixa transparente, com quatro janelas redondas para introduzir as mãos. Através delas os médicos, enfermeiras e os papás podem manobrar e pôr-se em contacto com o bebé.Tem uma porta de acesso que permite controlar completamente a temperatura.

- O ventilador
Quando os bebés prematuros têm dificuldade respiratória necessitam de um ventilador para os ajudar a respirar em virtude dos seus pulmões não terem a maturidade suficiente.

Sabia que?
Os bebés prematuros com menos de dois quilos vão para uma incubadora porque não conseguem regular a sua temperatura corporal, possuem um aparelho respiratório imaturo e necessitam de ser alimentados por via intravenosa ou por sonda nasogástrica

A sonda nasogástrica
Nos primeiros dias os prematuros muito são geralmente alimentados mediante um aporte nutricional por via intra-venosa. Quando o bebé se encontra clinicamente estável, passa a alimentar-se com o leite materno – que a mãe retirou com uma bomba –mediante uma sonda nasogástrica com quantidades muito pequenas.

Finalmente... a alta!
Quando a equipa médica decide que o bebé se encontra apto para abandonar a unidade de saúde, é muito comum que os pais sintam sentimentos contraditórios. Alegria, angústia, medo... O seu bebé estava apoiado e controlado por uma equipa durante 24 horas.
Apesar de ter sido dada alta, o bebé continua a ser prematuro, pelo que em casa requererá a atenção e cuidados especiais e os pais sentem, pela primeira vez, a responsabilidade pela vida do seu bebé. A partir do momento da alta, serão unicamente eles que terão de estar atentos a qualquer alteração do bebé, a cuidá- lo e a oferecer-lhe todo o seu amor. O seu bebé será um bebé mais pequenino que os outros que nasceram de tempo e há que lidar com essa diferença durante os primeiros meses. Contudo, os prematuros têm uma enorme força para viver e com muito amor, rapidamente não se diferenciarão de uma outra criança nascida de termo.

Sapo Família-Guia dos Pais


Primeiras reacções após o nascimento


Primeiras reacções após o nascimento

Apesar da sua aparência ao nascer não corresponder ao bebé idealizado durante nove meses, ele vai surpreender-nos com as suas capacidades e com a sua transformação em menos de uma semana.



Ao nascer, o bebé tem o maior desafio no novo mundo, sobreviver

Quando nasce, o bebé pode não corresponder aos nossos ideais e ao bebé com que sonhámos durante os longos nove meses de gravidez. Parece ter uma cabeça enorme e muitas vezes em forma de pepino ou até amachucada. A verdade é que a sua cabecinha mede quase um quarto de todo o seu comprimento, os ossos não estão unidos e a cabeça parece latejar. A natureza assim o quis porque o bebé teve de passar o canal do parto para nascer e a sua cabecinha tem de ter mobilidade para o fazer. Para além disso, o seu cérebro vai crescer e os espaços entre os ossos vão permitir que este se expanda adequadamente. Pode apresentar-se muito cabeludo ou carequinha, os seus olhinhos apresentam as pálpebras inchadas e vermelhas, as orelhas parecem quase transparentes e podem até parecer que estão dobradas. A pele é extremamente macia e normalmente possui uma coloração avermelhada. As extremidades – as mãos e os pés – podem ter uma cor arroxeada. Alguns bebés apresentam manchas avermelhadas ou cor de café com leite à nascença. Os órgãos genitais apresentam-se normalmente inchados devido à exposição das hormonas maternas. O abdómen parece demasiado grande. Todavia, mesmo com toda esta aparência um tanto incomum, passados os primeiros minutos, a leitora vai achar o seu bebé o mais lindo do mundo.

Depois do trauma do nascimento, o recém-nascido espanta os pais com os seus primeiros reflexos

A reacção ao mundo
Ao nascer, o bebé tem o maior desafio no novo mundo - sobreviver.
Depois do trauma do nascimento, o recém-nascido espanta os pais com os seus primeiros reflexos. Serão esses reflexos inatos que vão permitir que o bebé reaja ao novo ambiente em que vai doravante viver. Felizmente, a natureza equipou-o com reflexos que lhe permitirão lutar pela vida até que seja capaz de os realizar voluntariamente. Entre eles destacamos:

Reflexo de busca ou pontos cardeais
Este reflexo vai permitir ao bebé a sua alimentação através da sucção da mama da mãe. Ao estimular sua bochecha, boca ou lábios com o bico da mama, a cabeça do bebé volta-se na direcção do estímulo, o bebé abre a boca e pega o peito para se alimentar. Esse movimento da cabeça e da boca é chamado de reflexo de busca. Com ele, o bebé encontra a sua fonte de alimentação. Automaticamente, começa a sugar e engolir em movimentos coordenados.

Reflexos de Babinski e preensão
Orecém-nascido apresenta umforte reflexo de preensão. Se você pressionar levemente a sola do seu pé, ele dobrará os dedinhos para baixo. Se colocar um dedo na palma da mão do bebé, ele fechará fortemente a mão apertando o seu dedo. Este reflexo de preensão desaparece nos primeiros dois a três meses. A partir daí este reflexo deixará de ser automático e o bebé irá desenvolvê-lo de forma a permitir segurar apenas o que pretende voluntariamente.

Reflexo de Moro
Este reflexo é uma resposta instintiva ao perigo. Quando o bebé se sente desequilibrado e em perigo estica os braços e as pernas, em seguida, ele junta os braços, como em um abraço, e flexiona as pernas. Aos três meses de idade, esse reflexo desaparece.

Reflexo de marcha automática
Se segurar o bebé por debaixo dos braços e o apoiar numa superfície lisa, - bancada, cama, chão - quando um pé toca no chão, o bebé levanta-o dobra o joelho e dá um passo para a frente. Este reflexo desaparece rapidamente.

Reflexo tónico assimétrico ou de esgrima
Se o bebé está deitado de barriga para cima e roda a cabeça para a esquerda, estica a perna e o braço esquerdos e flecte o braço direito (adoptando a posição de um jogador de esgrima). É uma reacção muito primitiva.

Muitas vezes, pegar o bebé ao colo e embalá-lo é a única forma de o acalmar

Comunicar com o bebé
Desde o primeiro minuto que o seu bebé a vai espantar. Ele vai acalmar-se com o som da sua voz ou até mesmo se colocar a tocar aquela música especial que colocava para ele ouvir durante a gravidez. Muito embora, nos primeiros dias, ele unicamente vá utilizar o choro como meio de comunicação, para lhe dizer quando se sente só, tem fome, se sente incomodado ou quando está com uma dor, ele dará diferentes entoações ao seu choro. Com a prática, vai aprender a entender estes diversos tipos de choro. Logo a seguir virão os murmúrios e os sorrisos e rapidamente a vossa interacção logo se completará com as primeiras festas e mordidas.
Durante os primeiros dias a melhor forma de comunicar com o seu bebé é através do toque. Os bebés gostam de toques suaves e movimentos rítmicos. Faça-lhe uma massagem após o banho e o seu bebé vai sentir-se calmo e feliz. Durante a gravidez, o bebé habituou-se a ser embalado pelos movimentos quando você andava de um lado para o outro. Agora, esse mesmo balanço o conforta. Por isso, muitas vezes, pegar-lhe ao colo e embalá-lo é a única forma de o acalmar. Para crescer saudável, o seu bebé vai necessitar das suas carícias, dos seus mimos e da sua voz para se sentir acompanhado. Estes poucos estímulos serão ideais para o ajudar a crescer e ser feliz.

O seu bebé irá acalmar-se com o som da sua voz ou até mesmo se colocar a tocar aquela música especial que ouvia durante a gravidez

Sapo Família-Guia dos Pais

A evolução do bebé...


A evolução do bebé...


... No seu primeiro ano de vida!



A surpresa e a emoção do nascimento do bebé fazem com que as primeiras semanas se assemelhem a um sonho.

É durante o primeiro ano de vida que vão ocorrer as grandes alterações no seu bebé. Uma semana depois de ter nascido, já não estará enrugadinho e a sua pele terá uma cor mais rosada. Mas, não serão somente estas as alterações que iremos observar. As suas capacidades irão aumentar e, dentro de uns meses gatinhará pela casa e será um verdadeiro explorador.
Muito embora cada criança seja única e nem todas tenham o mesmo padrão de desenvolvimento, não queremos deixar de lhes proporcionar estes quadros, onde poderão avaliar as etapas prováveis, que o bebé irá ultrapassar ao longo dos primeiros doze meses.
E se bem que estes quadros tenham apenas um valor indicativo, pensamos que lhes vão ser de grande utilidade.

Desenvolvimento físico
Desde que nasce o bebé cresce e aumenta de peso progressivamente, muito embora o seu crescimento não seja homogéneo. A maior parte dos bebés aumenta no primeiro trimestre, em média, cerca de 30 g por dia, no segundo trimestre cerca de 20 g, no terceiro 15 g e no quarto uma média de 10 g diárias. Regra geral, cerca dos seis meses atingem o dobro do peso que tinham ao nascer. No que respeita à altura, e dependendo da altura com que nasceram e da sua tendência genética, o bebé poderá atingir mais 25 cm do que a altura com que nasceu. Contudo, todos estes valores poderão oscilar caso o bebé tenha sofrido alguma doença ou doenças durante este período.
Para além do peso e da altura, o bebé desenvolverá várias capacidades físicas.

Desenvolvimento físico

1º Mês: Tem reflexos primitivos. Normalmente bolça após a mamada. Não tem horas para mamar. Necessita que lhe mudem a fralda cinco a seis vezes por dia.

2º Mês: Segura pequenos objectos durante segundos. Tem acções mais voluntárias.
Os seus movimentos são mais seguros. Sustem a cabeça por alguns segundos.

3º Mês: Começa a observar as mãos, esticando os braços à sua frente. Esmurra os objectos. Consegue elevar os ombros, de modo a olhar, caso esteja deitado de barriga para baixo.

4º Mês: Já se consegue deitar de costas. Diminui o número de refeições. Começa a brincar com as mãos e com os pés.

5º Mês: Leva os objectos à boca e pode começar a passá-los de uma mão para a outra. Chucha nos dedos dos pés, mostrando muita flexibilidade. Levanta muito bem os ombros e a cabeça, caso esteja deitado de costas.

6º Mês: Começa a rastejar pela casa. Permanece sentado, caso tenha um apoio.
De noite dorme dez horas seguidas. Mexe em qualquer objecto colocado à sua frente.

7º Mês: Continua a arrastar-se pela casa mas, conseguindo levar consigo um objecto. Podem nascer os dentes incisivos inferiores. Os músculos das pernas começam a adquirir força para suster o seu peso corporal.

8º Mês: Consegue sentar-se sem estar apoiado. Já consegue, aos poucos, gatinhar.
Se estiver sentado, avança arrastando o rabinho pelo chão; Tenta pôr-se de pé.

9º Mês: Gatinha e consegue suster-se só numa mão para poder agarrar qualquer coisa. Começa a gatinhar pela casa toda.

10º Mês: Já se consegue levantar e manter-se em pé caso tenha algo onde se agarrar. Consegue dar uns passinhos com ajuda. Já nos ajuda na tarefa de o vestir, enfiando as mãos nas mangas.

11º Mês: Tenta manter-se em pé sem ajuda. Solta-se facilmente para andar entre os móveis. Encarrapita-se nas cadeiras e tenta descer delas de marcha-atrás.
Usa as cadeiras como muletas.

12º Mês: Tenta suster-se em pé, sem ajuda. Começa a querer comer sozinho, sem ajuda.

O desenvolvimento intelectual e comportamental
Tal como no desenvolvimento físico, uns bebés desenvolvem-se intelec-tualmente mais rapidamente do que outros e a nível comportamental também sofrem as influências genéticas e dos estímulos que o meio ambiente lhes proporcionam. Contudo, tal como o quadro anterior, este pretende demonstrar o desenvolvimento que a maioria dos bebés apresenta.

Desenvolvimento intelectual

1º Mês: Chora para nos chamar a atenção, para dizer que tem fome ou que tem dores. Observa o que o rodeia mas, mantém um olhar vago. Fica tranquilo quando o pegam ao colo. Pede para comer com intervalos regulares. Está acordado uma em cada dez horas.

2º Mês: Manifesta emoção ao ver objectos de que gosta. Começa a investigar o mundo, chupando. Olha com atenção, os rostos das pessoas. Distingue as vozes e procura a sua origem.

3º Mês: Começa a reconhecer todos os membros da família. Explora, com as mãos, o seu rosto, a boca e os olhos. Vocaliza melhor e as suas expressões aumentam. Começa a memorizar tudo o que vê e lhe interessa.

4º Mês: Aumenta os períodos de atenção. Sorri para as pessoas que gosta. Começa a perceber como o seu comportamento tem influência nos outros.

5º Mês: Pode começar a mostrar medo dos estranhos. Segue com o olhar todos os movimentos bruscos. Quer agarrar aquilo que se move.

6º Mês: Inspecciona todos os seus brinquedos. Muda de humor facilmente, manifestando simpatia e antipatia. Entretém-se a escutar a sua própria voz. Agarra com precisão tudo o que está ao seu alcance. Pronuncia vogais.

7º Mês: Demonstra interesse por detalhes. Começa a observar, mais atentamente, figuras coloridas. Repete sílabas bem definidas e começa a dar-lhes significado.

8º Mês: Pode apontar para o que quer e olha para onde apontamos. Consegue reconhecer algumas palavras dando-lhes significado e começa a tentar imitá-las. Começa a reconhecer e memorizar o rosto de pessoas que vê raramente.

9º Mês: Encontra os objectos que viu esconder. Pode recordar um jogo do dia anterior. Utiliza sílabas e dá-lhe um significado. Consegue seguir instruções simples. Aborrece-se com os jogos repetitivos.

10º Mês: Tenta comer sozinho. Com a sua colher, tenta dar-nos de comer. Obedece a ordens simples, quando quer.

11º Mês: Expressa-se de forma confusa. Descobre que é mais cómodo se o ajudarem do que se tentar sozinho. Reconhece muitas palavras.

12º Mês: Reconhece os animais e tenta imitar os seus sons. Compreende o mecanismo de acção-reacção. Reagrupa objectos, ordenando-os por categoria. Palra utilizando frases curtas, embora possam ser incompreensíveis.

O desenvolvimento Sensorial e motor
O meio ambiente e os estímulos adequadas às diversas etapas permitem ao bebé um desenvolvimento correcto. O bebé necessita de atenção, companhia e amor.

Desenvolvimentos: Sensorial e Motor

1º Mês: Observa os objectos mas não os tenta agarrar. Coordena os movimentos laterais dos olhos. Reage às sensações positivas ou negativas, acalmando-se ou chorando. Reage à voz das pessoas que falam com ele.

2º Mês: Começa a observar tudo o que o rodeia. Vocaliza, respondendo aos estímulos agradáveis. Assusta-se quando ouve barulhos inesperados. Prefere objectos de cores brilhantes. Melhora o seu tónus muscular.

3º Mês: Observa os seus dedos, seguindo os seus movimentos. Pode suster um brinquedo com a mão Segue com a cabeça, qualquer objecto que lhe coloquem à frente. Pára de chuchar para escutar um barulho e vira a cabeça para o sítio de onde vem o som.

4º Mês: Quando gira a cabeça, está em condições de coordenar o movimento dos olhos. Adapta a vista a diferentes distâncias. Fica tranquilo com música. Consegue apanhar objectos, inclusivé pequenos. Segue o movimento dos objectos e a direcção dos sons.

5º Mês: Agarra os objectos de forma decidida Se lhe dão uma roca, atira-a ao chão. Tenta agarrar com uma ou com as duas mãos tudo o que lhe interessa.

6º Mês: Acalma com música. Está em condições de manejar objectos. Segura um brinquedo com uma mão, pode tentar agarrar outro, ou observá-lo. Por vezes deixa um para agarrar outro. Começa a querer brincar com a comida e manipula-a com muita animação.

7º Mês: Explora o seu próprio corpo com as mãos. Consegue suster um objecto diferente em cada mão. Gosta de brincar com brinquedos barulhentos, mostrando-se contente com o ruído.

8º Mês: Consegue apanhar objectos pequenos, por vezes, sustendo-os entre o polegar e o indicador. Diz adeus e bate palmas. Aponta para o que lhe interessa.

9º Mês: Agarra sozinho o biberão para beber. Gosta de tocar tambor, tudo serve para bater e fazer barulho. Consegue achar objectos escondidos. Se tem as mãos ocupadas, deixa cair um brinquedo para apanhar outro.

10º Mês: Distingue objectos, examinando-os mais atentamente. Brinca com objectos de encaixe simples. Quando ouve música, reage cantando ou dançando. Consegue suster dois objectos com uma só mão.

11º Mês: Leva a colher à boca. Utiliza diferentes caixas para introduzir ou retirar objectos. Observa as páginas de um livro. Consegue descalçar os sapatos. Enfia argolas num bastão.

12º Mês: Gosta de brinquedos muito ruidosos; Desmonta e volta a montar objectos.

Desenvolvimento social
A interacção do bebé com os pais, irmãos, restantes familiares e amigos processa-se lentamente, passo-a-passo. A integração do bebé na família e nas rotinas é gradual e depende em muito dos estímulos familiares.

1º Mês: Se a mãe está perto e lhe sorri, ele consegue olhar fixamente para os seus olhos. Não se adapta a esquemas e horários rígidos. Quase todas as reacções são instintivas. Mostra que adora estar ao colo.

2º Mês: Mostra se gosta ou não de alguma coisa. Move os braços e expressa-se respirando aceleradamente ou fazendo caretas para a sua mãe. Começa a gostar do banho. Prefere as pessoas aos objectos.

3º Mês: Sorri facilmente e chora muito menos. Regularizam-se os ciclos da comida e do sono. Já suporta um pequeno atraso na hora da mamada. A presença de pessoas estimula-o.

4º Mês: Quando lhe interrompem uma brincadeira, chora. Gosta de ser tocado.
Mostra interesse pelas imagens reflectidas no espelho. Começa a gostar mais de uns brinquedos do que de outros.

5º Mês: Deixa de chorar quando lhe falam. Sente muita curiosidade pelos espelhos.
Sorri e vocaliza procurando respostas. Zanga-se se lhe tiram o seu brinquedo preferido.

6º Mês: Sorri para a sua imagem se a vê reflectida no espelho. Expressa, através dos seus sons, agrado ou desgosto.

7º Mês: Demonstra ter vontade de participar em actividades colectivas. Se lhe ralham, compreende o significado pelo tom de voz que utilizam. Brinca sozinho mas também gosta de brincar com os outros.

8º Mês: Grita para chamar a atenção. Começa a manifestar os seus sentimentos, por exemplo, chorando quando a mãe se afasta. Aceita ir para o colo de “estranhos”. Afasta, com a mão, o que não gosta. Não quer ficar sozinho.

9º Mês: Presta atenção às reacções alheias. Chora se os outros choram.

10º Mês: Compreende as aprovações e as reprovações. Gosta de brincar com água.
Procura companhia e muita atenção. Mostra se está triste ou alegre, se sente raiva ou perturbações.
Os lugares desconhecidos ou estranhos assustam-no.

11º Mês: Busca a aprovação e evita que lhe ralhem. Colabora voluntariamente, embora nem sempre. Enquanto brinca, demonstra muita concentração por um largo período de tempo. Mostra experimentar um sentimento de culpa quando se engana.

12º Mês: Ao separar-se da mãe sente desgosto e chora. Expressa claramente o seu afecto pelas pessoas e objectos predilectos. Procura resistir ao sono e zanga-se se o obrigam a dormir.

Os ritmos de crescimento e desenvolvimento variam de criança para criança. Cada uma tem o seu ritmo próprio e desenvolve-se à sua maneira. Compete aos pais, participarem nestas várias etapas através de estímulos que lhes permitam ganhar confiança em si mesmos e pro-gredirem na sua própria evolução. Todavia, nunca tente comparar o seu bebé com um outro da mesma idade ou com um irmãozinho quando tinha a sua idade.

Sapo Família-Guia dos Pais