sábado, 18 de junho de 2011
Dislexia, orientações aos educadores.
A escola tem papel fundamental no trabalho com os alunos que apresentam dificuldades de linguagem.
Destaco algumas sugestões que considero importantes para que a criança disléxica se sinta segura, querida e aceita pelo professor e pelos colegas.
- O Disléxico tem uma história de fracassos e cobranças que o fazem sentir-se incapaz. Motivá-lo, exigirá dos educadores mais esforço e disponibilidade do que aos demais educandos;
- Não receie que seu apoio ou atenção vá acomodar o aluno ou fazê-lo sentir-se menos responsável. Depois de tantos insucessos e auto-estima rebaixada, ele tende a demorar mais a reagir para acreditar nele mesmo;
MELHORANDO A AUTO-ESTIMA:
- Incentive o aluno a restaurar o confiança em si próprio, valorizando o que ele gosta e faz bem feito;
- Ressalte os acertos, ainda que pequenos, e não enfatize os erros;
- Valorize o esforço e interesse do aluno;
- Atribua-lhe tarefas que possam fazê-lo sentir-se útil;
- Evite usar a expressão "tente esforçar-se" ou outras semelhantes, pois o que ele faz é o que ele é capaz de fazer no momento;
- Fale francamente sobre suas dificuldades sem, porém, fazê-lo sentir-se incapaz, mas auxiliando-o a superá-las;
- Respeite o seu ritmo, pois a criança com dificuldade de linguagem tem problemas de processamento da informação. Ela precisa de mais tempo para pensar, para dar sentido ao que ela viu e ouviu;
- Um professor pode elevar a auto-estima de um alunoestando interessado nele como pessoa;
Nós não aprendemos pelo fracasso, mas sim pelos sucessos.
MONITORANDO AS ATIVIDADES:
MONITORANDO AS ATIVIDADES:
- Certifique-se de que as tarefas de casa foram compreendidas e anotadas corretamente;
- Certifique-se de que seu aluno pode ler e compreender o enunciado ou a questão. Caso contrário, leia as instruções para ele;
- Leve em conta as dificuldades específicas do aluno e as dificuldades da nossa língua quando corrigir os deveres;
- Estimule a expressão verbal do aluno;
- Dê instruções e orientações curtas e simples que evitem confusões;
- Dê "dicas" específicas de como o aluno pode aprender ou estudar a sua disciplina;
- Oriente o aluno sobre como organizar-se no tempo e no espaço;
- Não insista em exercícios de fixação repetitivos e numerosos, pois isso não diminui a sua dificuldade;
- Dê explicações de "como fazer" sempre que possível, posicionando-se ao seu lado;
- Utilize o computador, mas certifique-se de que o programa é adequado ao seu nível. Crianças com dificuldade de linguagem são mais sensíveis às críticas, e o computador, quando usado com programas que emitem sons estranhos cada vez que a criança erra, só reforçará as idéias negativas que elas tem de si mesmas e aumentará sua ansiedade;
- Permita o uso de gravador;
- Esquematize o conteúdo das aulas quando o assunto for muito difícil para o aluno. Assim, a professora terá a garantia de que ele está adquirindo os principais conceitos da matéria através de esquemas claros e didáticos;
- "Uma imagem vale mais que mil palavras": demonstrações e filmes podem ser utilizados para enfatizar as aulas, variar as estratégias e motivá-los. Auxiliam na integração da modalidade auditiva e visual, e a discussão em sala que se segue auxilia o aluno organizar a informação. Por exemplo: para explicar a mudança do estado físico da água líquida para gasosa, faça-o visualizar uma chaleira com a água fervendo;
- Não insista para que o aluno leia em voz alta perante a turma, pois ele tem consciência de seus erros. A maioria dos textos de seu nível é difícil para ele;
Alunos disléxicos podem ser bem sucedidos em uma classe regular. O sucesso dependerá do cuidado em relação à sua leitura e das estratégias usadas.
AVALIAÇÃO / Provas:
AVALIAÇÃO / Provas:
- As crianças com dificuldade de linguagem têm problemas com testes e provas:
Em geral, não conseguem ler todas as palavras das questões do teste e não estão certas sobre o que está sendo solicitado.
- Elas têm dificuldade de escrever as respostas;
- Sua escrita é lenta, e não conseguem terminar dentro do tempo estipulado - Recomendo que, ao elaborar, aplicar e corrigir as avaliações do aluno disléxico, especialmente as realizadas em sala de aula, adote os seguintes procedimentos:
- Leia as questões/problemas junto com o aluno, de maneira que ele entenda o que está sendo perguntado;
- Explicite sua disponibilidade para esclarecer-lhe eventuais dúvidas sobre o que está sendo perguntado;
- Dê-lhe tempo necessário para fazer a prova com calma;
- Ao recolhê-la, verifique as respostas e, caso seja necessário, confirme com o aluno o que ele quis dizer com o que escreveu, anotando sua(s) resposta(s)
- Ao corrigi-la, valorize ao máximo a produção do aluno, pois frases aparentemente sem sentido e palavras incompletas ou gramaticalmente erradas não representam conceitos ou informações erradas;
- Você pode e deve realizar provas / avaliações orais também.
Se o disléxico não pode aprender do jeito que ensinamos, temos que ensinar do jeito que ele aprende.
Dislexia - Definição, Sinais e Avaliação
Definida como um distúrbio ou transtorno de aprendizagem na área da leitura, escrita e soletração, a dislexia é o distúrbio de maior incidência nas salas de aula. Pesquisas realizadas em vários países mostram que entre 05% e 17% da população mundial é disléxica. Ao contrário do que muitos pensam, a dislexia não é o resultado de má alfabetização, desatenção, desmotivação, condição sócio-econômica ou baixa inteligência. Ela é uma condição hereditária com alterações genéticas, apresentando ainda alterações no padrão neurológico. Por esses múltiplos fatores é que a dislexia deve ser diagnosticada por uma equipe multidisciplinar. Esse tipo de avaliação dá condições de um acompanhamento mais efetivo das dificuldades após o diagnóstico, direcionando-o às particularidades de cada indivíduo, levando a resultados mais concretos. | |
Sinais de AlertaComo a dislexia é genética e hereditária, se a criança possuir pais ou outros parentes disléxicos quanto mais cedo for realizado o diagnóstico melhor para os pais, à escola e à própria criança. A criança poderá passar pelo processo de avaliação realizada por uma equipe multidisciplinar especializada (Fonoaudiólogo, Psicólogo, Psicopedagogo, dentre outros), mas se não houver passado pelo processo de alfabetização o diagnóstico será apenas de uma "criança de risco". Haverá sempre: ![]() ![]() ![]() ![]() Haverá muitas vezes : ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() Pré -Escola Fique alerta se a criança apresentar alguns desses sintomas: ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() O fato de apresentar alguns desses sintomas não indica necessariamente que ela seja disléxica; há outros fatores a serem observados. Porém, com certeza, estaremos diante de um quadro que pede uma maior atenção e/ou estimulação. Idade Escolar Nesta fase, se a criança continua apresentando alguns ou vários dos sintomas a seguir, é necessário um diagnóstico e acompanhamento adequado, para que possa prosseguir seus estudos junto com os demais colegas e tenha menos prejuízo emocional:· Dificuldade na aquisição e automação da leitura e escrita; ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() Se nessa fase a criança não for acompanhada adequadamente, os sintomas persistirão e irão permear a fase adulta, com possíveis prejuízos emocionais e conseqüentemente sociais e profissionais. Adultos Se não teve um acompanhamento adequado na fase escolar ou pré-escolar, o adulto disléxico ainda apresentará dificuldades; ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() |
Os sintomas que podem indicar a dislexia, antes de um diagnóstico multidisciplinar, só indicam um distúrbio de aprendizagem, não confirmam a dislexia. E não pára por aí, os mesmos sintomas podem indicar outras situações, como lesões, síndromes e etc. Diagnosticando a dislexia? Identificado o problema de rendimento escolar ou sintomas isolados, que podem ser percebidos na escola ou mesmo em casa, deve se procurar ajuda especializada. Uma equipe multidisciplinar, formada por Fonoaudiólogos, Psicólogos e Psicopedagogos deve iniciar uma minuciosa investigação. Essa mesma equipe deve ainda garantir uma maior abrangência do processo de avaliação, verificando a necessidade do parecer de outros profissionais, como Neurologista, Oftalmologista e outros, conforme o caso. A equipe de profissionais deve verificar todas as possibilidades antes de confirmar ou descartar o diagnóstico de dislexia. É o que chamamos de AVALIAÇÃO MULTIDISCIPLINAR e de EXCLUSÃO. Outros fatores deverão ser descartados, como déficit intelectual, disfunções ou deficiências auditivas e visuais, lesões cerebrais (congênitas e adquiridas), desordens afetivas anteriores ao processo de fracasso escolar (com constantes fracassos escolares o disléxico irá apresentar prejuízos emocionais, mas estes são conseqüências, não causa da dislexia). Neste processo ainda é muito importante: Tomar o parecer da escola, dos pais e levantar o histórico familiar e de evolução do paciente. Essa avaliação não só identifica as causas das dificuldades apresentadas, assim como permite um encaminhamento adequado a cada caso, por meio de um relatório por escrito. Sendo diagnosticada a dislexia, o encaminhamento orienta o acompanhamento consoante às particularidades de cada caso, o que permite que este seja mais eficaz e mais proveitoso, pois o profissional que assumir o caso não precisará de um tempo, para identificação do problema, bem como terá ainda acesso a pareceres importantes. Conhecendo as causas das dificuldades, o potencial e as individualidades do indivíduo, o profissional pode utilizar a linha que achar mais conveniente. Os resultados irão aparecer de forma consistente e progressiva. Ao contrário do que muitos pensam, o disléxico sempre contorna suas dificuldades, encontrando seu caminho. Ele responde bem a situações que possam ser associadas a vivências concretas e aos múltiplos sentidos. O disléxico também tem sua própria lógica, sendo muito importante o bom entrosamento entre profissional e paciente. Outro passo importante a ser dado é definir um programa em etapas e somente passar para a seguinte após confirmar que a anterior foi devidamente absorvida, sempre retomando as etapas anteriores. Ë o que chamamos de sistema MULTISSENSORIAL e CUMULATIVO. Também é de extrema importância haver uma boa troca de informações, experiências e até sintonia dos procedimentos executados, entre profissional, escola e família. Fonte: http://www.dislexia.org.br |
Bruxismo em criança: uma das causas pode ser o fator emocional
Estudo mostra que fatores externos e estresse podem agravar o costume de ranger os dentes nas crianças
Qual pai ou mãe não fica agoniado ao ver o filho ranger os dentes enquanto dorme? Para detectar os motivos que levam algumas crianças a sofrerem de bruxismo - sobrecarga de força de um dente no outro --, uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) avaliou 652 crianças de 7 a 10 anos, estudantes do ensino fundamental na cidade de Belo Horizonte.
O estudo, que por meio de testes psicológicos traçou a personalidade e níveis de estresse das crianças, identificou o hábito em 35,3% dos avaliados. “O perfil psicológico daquelas que têm bruxismo é ser muito responsável, cumpridor impecável de tarefas, com tendência a ser perfeccionista, bem como dificuldade de lidar com conflitos, pressões, raiva e ansiedade”, constata Júnia Serra-Negra, odontopediatra, professora da Faculdade de Odontologia da UFMG e autora do estudo -- que será publicado na International Journal of Paediatric Dentistry. Nesses casos, o ranger dos dentes serve como válvula de escape dessas situações.
Segundo a pesquisadora, o bruxismo em crianças é pouco explorado, e alguns estudiosos acreditam que ele seja apenas um fator mecânico. Ou seja, como a criança tem a fase de troca dos dentes, e alguns ficam em tamanhos diferentes, a mandíbula do queixo, que é móvel, procura um ponto de equilíbrio durante essa instabilidade, daí o surgimento do hábito. Mas o resultado da pesquisa mostrou outro lado importante: o fator emocional.
Mudanças na rotina
Não pense que agora seu filho tem de ser irresponsável para deixar o costume de lado. Mas é hora de atentar para o dia a dia da criança e perceber o que pode provocar uma sobrecarga de responsabilidade em sua vida. Atividades esportivas e artísticas aliviam a tensão, e são ótimas para quem sofre com o distúrbio. Porém, caso se transforme em uma obrigação, farão o efeito inverso.
A estatística do bruxismo é grande ainda naquelas crianças que têm responsabilidades que não são de sua idade, como tomar conta da casa ou do irmão mais novo, por exemplo. Segundo a pesquisa, ele atinge 80% delas.
Alguns fatores externos também podem agravar o problema, como dormir de luz acesa, com a TV ligada ou ficar muitas horas no computador antes de deitar. “Esses estímulos sonoros e luminosos interferem no ciclo do sono, mesmo que a criança não acorde, e podem ser um gatilho para o bruxismo”, diz a especialista. Por isso, um ambiente tranquilo para o descanso ajuda no bem-estar da criança.
A percepção dos pais
De acordo com Júnia, embora a maioria das famílias saiba o que é bruxismo, algumas ainda associam o hábito com algum fator sobrenatural, como bruxaria ou maus espíritos, por conta do nome. “Vale esclarecer que o problema nada tem a ver com essas questões, mas que há, sim, um forte componente emocional por trás dele. Por isso, um trabalho em conjunto com um dentista, psicólogo e neurologista (para descartar outros distúrbios do sono que possam levar ao hábito) é o que precisa ser feito”, diz.
O estudo, que por meio de testes psicológicos traçou a personalidade e níveis de estresse das crianças, identificou o hábito em 35,3% dos avaliados. “O perfil psicológico daquelas que têm bruxismo é ser muito responsável, cumpridor impecável de tarefas, com tendência a ser perfeccionista, bem como dificuldade de lidar com conflitos, pressões, raiva e ansiedade”, constata Júnia Serra-Negra, odontopediatra, professora da Faculdade de Odontologia da UFMG e autora do estudo -- que será publicado na International Journal of Paediatric Dentistry. Nesses casos, o ranger dos dentes serve como válvula de escape dessas situações.
Segundo a pesquisadora, o bruxismo em crianças é pouco explorado, e alguns estudiosos acreditam que ele seja apenas um fator mecânico. Ou seja, como a criança tem a fase de troca dos dentes, e alguns ficam em tamanhos diferentes, a mandíbula do queixo, que é móvel, procura um ponto de equilíbrio durante essa instabilidade, daí o surgimento do hábito. Mas o resultado da pesquisa mostrou outro lado importante: o fator emocional.
Mudanças na rotina
Não pense que agora seu filho tem de ser irresponsável para deixar o costume de lado. Mas é hora de atentar para o dia a dia da criança e perceber o que pode provocar uma sobrecarga de responsabilidade em sua vida. Atividades esportivas e artísticas aliviam a tensão, e são ótimas para quem sofre com o distúrbio. Porém, caso se transforme em uma obrigação, farão o efeito inverso.
A estatística do bruxismo é grande ainda naquelas crianças que têm responsabilidades que não são de sua idade, como tomar conta da casa ou do irmão mais novo, por exemplo. Segundo a pesquisa, ele atinge 80% delas.
Alguns fatores externos também podem agravar o problema, como dormir de luz acesa, com a TV ligada ou ficar muitas horas no computador antes de deitar. “Esses estímulos sonoros e luminosos interferem no ciclo do sono, mesmo que a criança não acorde, e podem ser um gatilho para o bruxismo”, diz a especialista. Por isso, um ambiente tranquilo para o descanso ajuda no bem-estar da criança.
A percepção dos pais
De acordo com Júnia, embora a maioria das famílias saiba o que é bruxismo, algumas ainda associam o hábito com algum fator sobrenatural, como bruxaria ou maus espíritos, por conta do nome. “Vale esclarecer que o problema nada tem a ver com essas questões, mas que há, sim, um forte componente emocional por trás dele. Por isso, um trabalho em conjunto com um dentista, psicólogo e neurologista (para descartar outros distúrbios do sono que possam levar ao hábito) é o que precisa ser feito”, diz.
Além dos desconfortos que o hábito pode trazer como dores de cabeça, nas têmporas e enxaqueca, se o bruxismo não for tratado, além de prejudicar a estrutura do dente, pode levar à perda do mesmo. A especialista afirma ainda que placas, como as de silicone ou acrílico, usadas por adultos para proteger os dentes à noite, tem restrições para crianças, porque podem comprometer seu crescimento.
Fonte: http://revistacrescer.globo.com
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