sábado, 15 de outubro de 2011

Tratamento de câncer pode afetar o cérebro



Tratamento de câncer pode afetar o cérebroOutubro é o mês mundial da prevenção do câncer de mama. Surgido há mais de dez anos na nos Estados Unidos, o Outubro Rosa foi o mês escolhido para fazer ações e divulgações conscientizando e mobilizando a sociedade para o combate à doença. Desde então vários outros países vem aderindo ao movimento. No Brasil, durante todo esse mês, diversos eventos vão colorir de cor-de-rosa importantes pontos do país para alertar a população sobre a importância da mamografia periódica para todas as mulheres com mais de 40 anos.
Ações de conscientização são muito importantes já que a doença atinge todo ano por volta de 50 mil mulheres no Brasil e é a causa mais freqüente de morte por câncer em mulheres, de acordo com dados doInstituto Nacional do Câncer (Inca). Se diagnosticada precocemente, a doença tem 100% de chance de ser curada e é por isso que a prevenção e os exames são tão fundamentais.
Estudos indicam que até um terço das sobreviventes do câncer de mama relatam dificuldades com atenção, memória e raciocínio, o que representa uma piora na qualidade de vida após o tratamento. As causas dessa deterioração nas habilidades cerebrais ainda não são claras, mas terapias cognitivas que estimulam essas habilidades podem auxiliar na recuperação.
Originalmente, pesquisadores acreditavam que esses sintomas identificados em vários tipos de câncer eram um efeito colateral da quimioterapia – um tratamento que utiliza drogas para encolher ou destruir células cancerígenas e tumores – e, por isso, batizaram essa condição de “quimiocérebro”. Porém, sobreviventes que nunca fizeram quimioterapia relatavam lapsos cognitivos semelhantes.
Uma revisão da literatura revela que trata-se de uma situação complexa e que fatores além da quimioterapia podem afetar a cognição, como anestesia, cirurgia, terapia hormonal, menopausa, ansiedade, depressão, fadiga, medicamentos, predisposição genética, etc. Por isso, alguns pesquisadores propõem que esse fenômeno seja denominado de “alteração cognitiva associada ao câncer ou à terapia de câncer”.
Apesar da causa deste fenômeno ser desconhecida, seus efeitos podem durar poucas semanas ou vários anos, dependendo da pessoa. Essa redução de desempenho do cérebro pode ter um efeito sobre a habilidade do paciente de tomar decisões sobre o tratamento, atingir objetivos profissionais ou acadêmicos, e sobre sua qualidade de vida como um todo. Além do uso de medicamentos específicos, intervenções complementares como a terapia cognitivo-comportamental podem ajudar a aliviar os sintomas e, nesse sentido, o programa de treinamento do Cérebro Melhor pode ser um ótimo aliado.

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